06 outubro, 2020

Consoles Obscuros - Action Max



  Em 1987, uma famosa fabricante americana de brinquedos, a Worlds of Wonder, decidiu entrar no mundo dos videogames lançado seu famigerado Action Max, um console de mesa com gráficos ultra realísticos para a época se aproveitando da tecnologia do VHS.
 Na teoria, é uma ideia chamativa, porém, como já esperado, os seus jogos não se passavam de filmes gravados nas Fitas, o que frustrou os compradores desse console, hoje em dia, obscuro. 


 A Ideia: 


 A Worlds of Wonder era muito conhecida por lançar alguns brinquedos populares nos Estados Unidos na década de 80, entre eles está o famoso Laser Tag. Mas no ano de 1987, o mercado de ações americanos sofreu uma queda que afetou a empresa, que para se manter em pé, decidiu entrar na indústria dos games utilizando a tecnologia do FMV - Full Motion Video, que era utilizada em alguns jogos de fliperama da época, como o famoso Dragon's Lair (1983) e que mais tarde chegaria aos consoles em títulos como Phantasmagoria (1995), Night Trap (1992). 
 Seguido um caminho contrário aos dos jogos citados, que utilizavam o CD-ROM como mídia, a WoW optou por utilizar os VHS, tecnologia comum nas casas dos consumidores na época, e barata de produzir, o que limitou os jogos, como já dito, em filmes onde a pontuação do jogador não influenciava o andamento da história.

 O Console:


 O Action Max foi lançado em 1987, com o preço acessível de $ 99,00 dólares. 
 Uma grande campanha publicitária foi realizada na promessa de fazer o jogador se sentir imerso em um filme. O console requer um reprodutor de VHS para a reprodução dos jogos, já que o mesmo, por si só, não tem capacidade de rodar as fitas.

 Na carcaça do console, além da tela de pontuação, tinha um alto-falante interno, entrada para um fone de ouvido que o acompanhava, espaço para pilhas alcalinas para alimentação do sistema, que também poderia ser alimentado por fonte externa, e botões de configurações de quantidade de jogadores e modos de jogo.
 

Kit inicial do Action Max.

 Jogos


 Apenas 5 jogos foram lançados para o console:
  •  .38 Ambush Alley , Um simulador policial.
  • Blue Thunder , Jogo baseado em filme de 1983.
  • Hydrosub: 2021 , Simulador submarino futurista.
  • The Rescue of Pops Ghostly , Uma aventura numa casa mal-assombrada.
  • Sonic Fury , Um jogo de combate aéreo. 


 O sistema de pontuação de jogo era o mesmo dos shooters que conhecemos, o sensor que acompanhava o console deveria ser conectado no canto direito da tela, e sempre que um alvo aparecia, o jogador deveria acertá-lo. O sensor piscava sempre que um alvo era corretamente alvejado pelo jogador, e por serem filmes gravados, a interatividade com o jogo não era alterada mesmo se o jogador não acertasse nenhum tiro. Para cada tiro disparado, um "bipe" era reproduzido pelo console. 
 
 O console permitia 3 modos de jogo:

 Modo Padrão: Onde a velocidade e precisão são avaliados. 
 Modo Reflexo: O tempo de reação e resposta do jogador ao atingir os alvos são contados, tendo como objetivo a velocidade.
 Modo Munição Limitada: Onde cada alvo acertado vale apenas 1 ponto, e a cada 4 tiros errados, 2 pontos eram descontados do jogador. 



 Fechando o Baú


 A falta de interatividade dos jogos, falta de lançamentos interessantes, e a escolha da mídia VHS, tornaram o Action Max um console obscuro por suas falhas claras, além de que jogos em Full Motion lançados em CD permitiam a interatividade não presente no console, que se resumia em um contador aleatório de pontos. Nessa época, a Nintendo e a Sega dominavam o mercado de games, era impossível ganhar uma fatia de consumo nessa indústria tão bem alimentada.
 Em 1988, a Worlds of Wonder entrou em falência, os números da venda de consoles não foram publicados, porém, sabemos que foram muito baixos. 


 Fontes:
 Wikipédia.com
 BoJogá.com.br
 Videogameconsolelibrary.com

 Texto e Revisão Final: Thiago Moraes
 © 2020, Baú dos Consoles